quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cinomose, Parvovirose e Ectoparasitas ameaçam a vida do seu animal

Deixar de vacinar os animais ou não fazer o controle de carrapatos e pulgas é negligenciar a saúde do animal, diz respeito às condições sanitárias e é de responsabilidade do dono do animal. Existem várias doenças que acometem os animais de estimação (cães e gatos), no entanto a maioria delas pode ser evitada, mas para isso os proprietários devem conhecer seu significado e como prevenir. Caso o animal apresente alterações físicas (magreza, feridas, queda de pelos, presença de carrapatos e pulgas), ou no comportamento (Comportamentos repetitivos sem objetivo aparente – rodopiar, andar de um lado para outro ou não andar como deveria,, mancar, não comer ou “ficar triste”) ou na sua fisiologia (apresentar vômito, sangue nas fezes ou diarreia) é necessário leva-lo ao Médico Veterinário o mais rápido possível, pois ele é quem irá avaliar o estado de saúde do animal e indicar o melhor tratamento.
A vacinação antirrábica animal é importante por que
a raiva põe em risco a saúde de toda a família, e esta vacina é gratuita, fornecida pela Secretaria de Saúde Municipal. Todavia no caso dos cães, não é apenas essa a vacina que protege o animal de doenças. Há três doenças são altamente contagiosas que também precisam ser combatidas por meio cuidados com a higiene do animal  e de vacinação (não gratuita): a ERLIQUIOSE e a BEBESIOSE (“as doenças do carrapato”) a CINOMOSE e a PARVOVIROSE (doenças virais).
A presença de ectoparasitas (carrapatos e pulgas), além de causar coceira, feridas, estresse e decorrente diminuição da imunidade dos animais, podem ocasionar diversas doenças nos animais, a Erliquiose e a Babesiose são duas destas doenças trazidas por carrapatos. A erliquiose é uma doença infecciosa severa que atinge os glóbulos brancos do sistema imunológico do animal e na sua fase aguda é caracterizada por febre alta, perda de apetite, perda de peso e fraqueza muscular. O animal acometido pode apresentar inchaço nos membros anteriores e posteriores (decorrente perda de mobilidade) e sangramentos espontâneos nas mucosas (nariz, boca, ouvido e órgãos genitais). A Babesiose infecta os glóbulos vermelhos do sangue e a destruição de grande parte destes causa anemia. O cão infetado pode apresentar sintomas como perda de apetite, desânimo, sonolência excessiva e palidez nas mucosas. E de acordo com a gravidade e grau de evolução da doença, o animal deverá ser submetido à internação ou cuidado ambulatorial.
Uma grande infestação de carrapatos pode causar anemia no animal, o proprietário necessita averiguar se há presença destes seres no animal ou na vizinhança, deve evitar que os animais adquiram carrapatos, tosar animais de pelo longo, fazer o controle da infestação (catação, higiene ambiental, colocação de medicamentos ou coleiras específicas - anti-ectoparasitas) Após exterminados os carrapatos deve ser realizado um exame clínico e laboratorial junto ao veterinário para constatar se o animal adquiriu as doenças e trata-lo a tempo. Existem métodos de evitar a presença de carrapatos e pulgas, consulte a Vigilância Sanitária do seu Município.

Maior parte dos cães com CINOMOSE, não foi ou nunca foi vacinado contra cinomose, entrou contato com cães infectados ou contato com vírus no ambiente. Os sintomas mais comumente relatados na fase aguda desta doença são a tosse, a diarreia, a anorexia, a desidratação e perda de sangue com debilitação. É uma doença que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC) do cachorro, é altamente contagiosa com grande índice de mortalidade e transtornos oculares, respiratórios e neurológicos (Greene,1984). Os vírus da cinomose penetram o organismo pelas vias respiratórias (Gisele Baumann, 2004).
A cinomose pode causar cegueiras, ataques cerebrais, dificuldade sensorial, distúrbios neurológicos acompanhados de febre, transtornos respiratórios, hiperqueratose naso-digital (FARROW & LOVE, 1983; BRAUND, 1994; SUMMERS et al., 1995).
Hiperqueratose naso-digital


A PARVOVIROSE é uma virose muito conhecida e das mais contagiosas entre os cães domésticos, também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Acomete com maior frequência os cães jovens. Apresenta alta mortalidade, principalmente entre cães jovens e de raças puras, animais mais fracos ou debilitados por verminoses, debilitados por outras moléstias, por carência de vitaminas ou por idade avançada. No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, de início provocando elevação da temperatura, que pode atingir de altos índices (41 graus Celsius), exceto em animais adultos mais velhos nos quais ocorre hipotermia (queda da temperatura corporal).
Os sintomas mais comuns da parvovirose são a febre, leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue) além de sintomas cardíacos, anorexia (nos filhotes), depressão, vômitos, rápida desidratação, diarréia sanguinolenta, líquida e fétida e rápido emagrecimento. A morte de animais severamente afetados é uma consequência da destruição extensa do epitélio intestinal, com consequente desidratação, além da possibilidade de choque por toxinas dentro do corpo do animal (LARA, 2004).
A cinomose e a parvovirose não acomete humanos ou não os afeta seriamente e por isso as vacinas não são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS do Município, ficando os cães da população que não tem condições de arcar financeiramente com a vacinação, sujeitos a este tipo de doença de cura difícil e cara. 

Vacinar para evitar a Cinomose e a Parvovirose
Os diagnosticos de cinomose e parvovirose podem ser feito por um veterinário, através de exames clínico-laboratoriais. O único meio de prevenção contra estas doenças é a vacinação anual do animal, à partir dos seus 3 meses de vida (3 doses) e a manutenção da vacina feita anualmente (apenas uma dose anual em animais adultos). Fêmeas na fase de gestação, mesmo que tenham sido anteriormente imunizadas devem ser vacinadas, pois recebendo uma nova dose da vacina, terão sua imunidade aumentada durante a gestação, e a oportunidade imunizar suas crias de através da placenta. Após o parto, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será também transmitida através do leite aos filhotes recém nascidos (principalmente do colostro), prevenindo-os contra a doença, até que venham os mesmos atingir idade em que já possam também ser vacinados. Desinfecção doméstica ainda é problemática para o vírus causador dessa terrível virose, sendo o vírus da parvovirose altamente resistente. Por isso, ambientes em que houve a perda de um animal recentemente por cinomose ou parvovirose, deve - se evitar a introdução de outros animais por um período até que o novo animal de estimação esteja imunizado e o ambiente esteja livre do vírus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário